domingo, agosto 29, 2010

Eleições

Eleições 2010 - 
2ª Matéria - Candidatos à Presidência do Brasil.

Quanto mais conhecimento tivermos a respeito dos principais candidatos presidenciáveis nessas eleições, nos ajudará e muito em nossa escolha (que já está difícil nessas eleições).
Semana passada postamos informaçõe sobre a candidata Dilma Rousseff, dando continuidade à séria de matérias que nos informam um pouco sobre os principais candidatos à presidência do nosso país, agora a vez é de:

Marina Silva 


Origens:

Nasceu em 8 de fevereiro de 1958, no seringal Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco, no Acre, filha de Pedro Augusto  da Silva e Maria Augusta da Silva. A extração de látex era a única fonte de renda da família. Seus pais tiveram onze filhos. Apenas oito sobreviveram à primeira infância. Sete são mulheres, e Marina é a segunda mais velha.

Infancia:

Aos seis anos, contraiu leishmaniose e foi contaminada por mercúrio. Por muitos anos sentiria tontura, enjoo e desmaios, o que alguns médicos atribuem ao metal pesado que estaria presente na medicação contra a leishmaniose. Sobreviveu também a três hepatites e cinco malárias.

Em 1967 a família deixou o seringal para tentar a sorte primeiro em Manaus, no Amazonas, depois em Santa Maria, no Pará. Sem sucesso, retornou em 1969 para o Acre. A viagem de volta foi financiada pelo ex-patrão de Pedro Augusto e, para pagar a dívida, suas filhas foram trabalhar no seringal. Marina tinha 11 anos quando cortou seringa, plantou e pescou para ajudar na renda da família.

Escola:

Com a saúde debilitada, Marina foi levada aos 15 anos para Rio Branco. Ficou sob a proteção do então bispo do Acre, Dom Moacyr Grechi, que a acolheu na casa das Irmãs Servas de Maria. Queria ser freira. Só aprendeu a ler e a escrever aos 16 anos, no Mobral - projeto de alfabetização criado no regime militar. Seu primeiro emprego foi de doméstica, sem ganhar salário, apenas um lugar para morar na capital do Acre.

Engajamento:

Após tomar contato com autores marxistas na Universidade Federal do Acre, disputou - e perdeu - a eleição para a diretoria do Centro Acadêmico de História.

Clandestinidade:

Foi filiada ao Partido Revolucionário Comunista, organização clandestina oriunda do PCdoB. Nesse grupo também militaram o hoje deputado federal José Genoino (PT-SP) e o ex-ministro da Justiça e pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT). O PRC transformou-se numa facção do PT nos anos 80.

Formação:

Alfabetizada tardiamente aos 16 anos, Marina fez o supletivo do 1º e 2º graus e depois ingressou na faculdade de história da Universidade Federal do Acre. Com a formação acadêmica completa, tornou-se professora do 2º grau.

Família:

O primeiro marido de Marina foi seu primeiro namorado, o técnico em eletrônica Raimundo Souza. Os dois frequentavam a mesma igreja. Tiveram dois filhos: Shalon e Danilo. Seu segundo casamento, que já dura mais de 20 anos, foi com o técnico agrícola Fábio Vaz de Lima, seu colega de faculdade, com quem teve duas filhas: Moara e Mayara.

Redemocratização:

Engajou-se no movimento sindical nos tempos de professora. Conheceu Chico Mendes e com ele fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre em 1984, da qual foi vice-coordenadora. Em 1985, filiou-se ao PT.

1ª Eleição:

Candidatou-se a uma vaga na Câmara dos Deputados em 1986, pelo PT, e perdeu. Dois anos depois, foi a vereadora mais votada de Rio Branco, tornando-se a única representante da esquerda na Câmara Municipal. Em 1990, candidatou-se a deputada estadual e obteve novamente a maior votação. Em 1994 foi eleita senadora, com outra votação recorde.

Ascensão política:

Eleita (1994) e reeleita (2002) senadora pelo PT do Acre, Marina tornou-se uma das vozes mais influentes em assuntos relacionados ao meio ambiente. Foi responsável por vários projetos sobre o tema, entre eles o de regulamentação do acesso aos recursos da biodiversidade. Em 2003, foi nomeada por Lula ministra do Meio Ambiente. À frente da pasta, ganhou projeção internacional - e perdeu-se em duras batalhas dentro do governo. Em 2008, após o lançamento do Plano Amazônia Sustentável (PAS), cuja administração foi entregue a Roberto Mangabeira Unger, demitiu-se e retornou ao Senado. Em 2009, deixou o PT e aceitou convite do PV para se candidatar à Presidência.

A grande vitória:

Desde que disputou e perdeu a disputa por uma vaga na Câmara Federal, em 1986, Marina emendou uma vitória atrás da outra em disputas legislativas, batendo recordes de votos como vereadora, deputada estadual e senadora. Mas nunca disputou um cargo executivo nas urnas.

Rumo à Presidência:

Marina entrou na disputa a convite do PV, após deixar o Ministério do Meio Ambiente em 2008 e o PT em 2009. À frente da pasta que lhe deu projeção internacional, travou longa queda-de-braço com a candidata do PT, Dilma Rousseff, desde o tempo em que esta comandava o Ministério de Minas e Energia. As desavenças em torno de concessões de licenças ambientais acabaram estremecendo as relações entre as colegas de ministério, que mal se cumprimentavam. Marina perdeu. Dilma tinha o apoio de Lula, e isso foi o suficiente. Fora do governo e do PT, Marina tenta encarnar uma terceira via alternativa à polarização PT versus PSDB desenhada nas pesquisas e nos palanques estaduais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário