quarta-feira, março 02, 2011

Leitura... "Por que você não quer ir mais a igreja?"

Leitura...
"Por que você não quer ir mais a igreja?"


Recentemente terminei de ler o livro “Por que você não quer ir mais a igreja” e venho postar algo que achei muito interessante.

Foi conveniente ler esse livro, pois expressa bem aquilo que acredito, na verdade aquilo que entendo da Palavra de Deus no que se refere a Igreja de Cristo.

É fato que o rumo que a Igreja de Cristo vem tomando bem como a sua “administração eclesiástica”, (e isso não é de hoje) não tem sido nada bíblico.

Templos gigantescos e gastos enormes, mensagens coniventes e convenientes, “receitas de bolo”, regras infundadas, “Alianças proféticas”, “Trízimo”, “rituais proféticos”, “palavras proféticas” (tudo profético!!), contradições, muita cobrança, muita alienação e muita, mas muita gente, e pouquíssima comunhão.

Enfim, é um resumo bem simplificado daquilo que a Igreja de Cristo está vivendo e o livro trata um pouco disso, mostrando como é simples e maravilhoso ser a Igreja de Cristo na Terra.

O livro enfatiza a liberdade que provem da autêntica comunhão com o Pai e que a Igreja não tem endereço fixo, ela está em todos os lugares onde existem pessoas vivendo no amor de Deus se deixando guiar por Ele

Para simplificar o livro, o autor disponibilizou uma carta/texto que resumi bem o livro e a mensagem principal, muito interessante que passo a disponibilizá-la logo abaixo.

Mas vale frisar que, como diria o ditado “Só se acha aquilo que procura”, tome cuidado ao ler, analise, muitas irmãos não estão preparados para isso ainda. Deus tem um tempo certo para cada pessoa e se revela de formas diferentes para cada um, o importante é que muitos e muitos estão sendo despertados para verdadeiramente viverem Cristo e serem Igreja de Cristo.

OBS: o texto é longo, mas muito rico! Se puder separe um tempo ou se possível, copie-o e leia com calma quando tiver um tempo.



Texto publicado na edição de maio de 2001 de BodyLife (www.lifestream.org), vem circulando pelo mundo para oferecer uma perspectiva e uma argumentação capazes de ajudar as pessoas a compreender como é possível abraçar a vida em Cristo por muitas outras formas de relacionamento além das que a tradicional vida eclesiásticas costuma proporcionar. É uma resposta a todos aqueles que defendem a necessidade de se pertencer a uma instituição determinada para fazer parte da Igreja.

“Prezado Irmão de Fé,

Agradeço muito sua preocupação comigo e sua disposição de colocar questões que causaram essa preocupação. Você sabe que a forma como me relaciono com a Igreja é um tanto anti-convencional, e há até quem a considere temerária. Creia-me, compreendo bem sua preocupação, pois eu próprio também costumava pensar dessa maneira e cheguei mesmo a ensinar outras pessoas a fazê-lo.

Se você está satisfeito com o status quo da atual religião institucional, talvez não goste do que vai ler aqui. Meu objetivo não é convencê-lo a ver essa incrível Igreja da mesma forma que eu, e sim responder a suas perguntas o mais aberta e honestamente que puder. Mesmo que acabemos não concordando, espero que entenda que nossas diferenças não nos distanciam necessariamente enquanto membros do corpo de Cristo.

A QUE IGREJA VOCÊ VAI?

Jamais gostei dessa pergunta, mesmo quando era capaz de responder a ela citando uma organização específica. Conheço seu significado cultural, mas ela se baseia numa falsa premissa – a de que a igreja é um lugar onde se pode ir, da mesma maneira como se vai a um evento, a uma festa ou se freqüenta um grupo organizado. Penso que Jesus vê a Igreja de modo totalmente distinto. Ele não fala dela como de um lugar aonde se vai, mas como um modo de viver na relação com Ele e com os que O seguem.

“Igreja” é uma palavra que não identifica um local ou uma instituição. Ela descreve um povo e como os membros desse povo se relacionam uns com os outros. Quando se perde isso de vista, nossa compreensão da Igreja fica distorcida e deixamos de usufruir a alegria que ela pode nos dar.

“Jesus não fala da Igreja como de um lugar aonde se vai, mas como um modo de viver na relação com Ele e com os que O seguem”

VOCÊ NÃO ESTARÁ APENAS TENTANDO ESCAPAR DA PERGUNTA?

Sei que o que eu disse pode soar como um mero jogo de palavras, mas as palavras são importantes. Quando atribuímos o termo “igreja” somente a cultos semanais ou a instituições que se auto-intitulam “igrejas”, perdemos o significado profundo do que seja viver como corpo de Cristo. Isso nos dá uma falsa sensação de segurança, fazendo com que achemos que, por comparecer a um encontro uma vez por semana, estamos participando da Igreja de Deus.

Da mesma forma, ouço as pessoas falando em “abandonar a igreja” quando deixam de freqüentar determinada congregação. Mas se a Igreja já é algo que somos, e não um lugar qualquer a que comparecemos, como é possível abandoná-la, a não ser que abandonemos o próprio Cristo? E, se considero apenas determinada congregação como sendo a “minha igreja”, não estarei deixando de acolher outros irmãos e irmãs que não freqüentam a mesma congregação que eu freqüento?

A idéia de que apenas aqueles que se reúnem nas manhãs de domingo para assistir a uma celebração religiosa ou a uma palestras fazem parte da Igreja – excluindo os demais – seria uma idéia estranha a Jesus. A questão não é onde estamos num determinado momento do fim de semana, e sim como estamos vivendo com Jesus e com outros fiéis ao longo da semana.

MAS NÃO PRECISAMOS DE REUNIÕES REGULARES?

Eu não diria que precisamos de reuniões. Se vivêssemos num lugar onde não fosse possível estar com outros fiéis, Jesus certamente seria capaz de cuidar de n ós. Assim, eu colocaria a pergunta de forma um pouco diferente: as pessoas que estão aprendendo a conhecer melhor o Deus vivo vão querer ligações reais e significativas com pessoas que compartilham a mesma crença? Evidentemente! O chamado para o reino de Deus não é um convite ao isolamento. Todas as pessoas que conheço e que estão florescendo na vida de Jesus sentem vontade de entrar em autêntica comunhão com outras que possuem essa mesma crença.

Essa espécie de comunhão, porém, não é fácil de achar. Periodicamente, nessa jornada, há ocasiões em que não parecemos encontrar outros crentes com quem partilhar nossa fome de Deus. Isso acontece sobretudo com que percebe que se conformar às expectativas das instituições religiosas pode acabar enfraquecendo seu relacionamento com Jesus. Talvez eles se sintam excluídos por fiéis com os quais mantiveram durante anos uma amizade estreita. Mas quem passa por essa situação não a vê como uma ameaça. É sem dúvida incrivelmente doloroso, e essas pessoas irão procurar outros crentes profundamente desejosos de partilhar a jornada.

Minha tradução predileta de vida em comunidade é a de um grupo de pessoas que escolhem caminhar juntas durante um pequeno trecho da jornada, cultivando amizades estreitas e aprendendo juntas a ouvir Deus.

NÓS NÃO DEVERÍAMOS ESTABELECER UM COMPROMISSO COM DETERMINADA INSTITUIÇÃO?

A idéia de compromisso com determinada instituições é repetida com tamanha freqüência que a maioria de nós chega a creditar que ela se encontra em algum trecho da Bíblia. Mas eu nunca a encontrei. Muitos de nós fomos levados a crer que se não tivéssemos a “cobertura do grupo” cairíamos no erro ou em pecado. Mas será que isso não acontece também no interior da nossa igreja particular?

Sei de muita gente que, apesar de não pertencer a qualquer instituição, não só desenvolve um relacionamento em grande profundidade com Deus como estabelece com outros crentes ligações mais intensas do que as que manteria dentro da instituição. Eu não perdi nem um pouco da minha paixão por Jesus ou do meu apreço por sua Igreja. Pelo contrário, ambos aumentaram muito, e com grande rapidez, nos últimos anos.

As Escrituras nos encorajam, isso sim, a sermos devotados uns aos outros, independentemente de qualquer instituição. Jesus deu a entender que sempre que duas ou três pessoas se reunirem em Seu nome Ele estará entre elas.

Claro que pode ser útil participar regularmente de determinada instituição. Mas nos enganamos totalmente quando acreditamos que a comunhão só se dá por freqüentarmos o mesmo evento juntos regularmente ou por pertencermos á mesma organização. A comunhão se dá quando as pessoas partilham suas jornadas rumo ao conhecimento de Jesus e consiste numa partilha livre e honesta, numa preocupação genuína com o bem dos outros e o estímulo mútuo para seguir Jesus, não importando o caminho pelo qual Ele nos conduza.

MAS AS NOSSAS INSTITUIÇÕES NÃO NOS LIVRAM DO ERRO?

Sinto discordar, mas toda grande heresia que oprimiu o povo de Deus nos últimos 2 mil anos proveio de grupos organizados com “líderes” que achavam que detinham com exclusividade o conhecimento da mente de Deus. Nessas instituições, cada movimento de Deus em direção aos que tinham verdadeira fome Dele era praticamente rejeitado. Muita gente foi excomungada ou executada por seguir Deus.

Se é na instituição que você espera obter segurança, receio que esteja sumamente equivocado. Jesus não nos disse que “ir a igreja” nos salvaria, mas que confiar Nele, sim. Deu-nos uma unção do Espírito para que pudéssemos saber a diferença entre verdade e erro. Essa unção é cultivada à medida que aprendemos Seus caminhos com base em Sua Palavra e vamos crescendo mais próximos ao Seu coração. Isso nos ajuda a reagir quando certas expressões da igreja a que pertencemos se tornam impeditivas da obra de Jesus em nós.

ISSO SIGNIFICA QUE AS CONGREGAÇÕES TRADICIONAIS ESTÃO ERRADAS?

Absolutamente! Tenho encontrado em muitas delas gente que ama Deus e está buscando crescer em Seus caminhos. Costumo visitar todo ano umas 20 congregações diferentes que me parecem muito mais centradas no relacionamento do que na religião. Jesus está no centro de sua vida comunitária, e os que atuam como líderes são verdadeiros servos e não fazem jogo político de controle e manipulação, de maneira que todos são incentivados a se cujidar reciprocamente.

Oro para que mais pessoas se renovem assim na paixão por Jesus, na preocupação genuína com as outras e no desejo de servir o mundo com o amor de Deus. Mas creio que devemos admitir que ainda são exemplos raros nas nossas comunidades. Muitas resistem por um curto período de tempo, para depois, mesmo inconscientemente, passarem a oferecer respostas institucionais às necessidades dos seus membros, em vez de permanecerem dependentes de Jesus. Quando isso ocorre, não se sinta condenado caso Deus não o conduza junto com elas.

“Todas as pessoas que eu conheço e que estão florescendo na vida com Jesus sentem a vontade de estar em autêntica comunhão com quem professa a mesma crença”.

ENTÃO EU DEVERIA DEIXAR DE IR À IGREJA?

Receio que essa pergunta também esteja mal colocada. Não creio que você vá à igreja mais do que eu. Todos somos parte dela. Faça sua parte da forma como Jesus lhe pede e nos lugares em que Ele o coloca. Nem todos nos desenvolvemos no mesmo ambiente.

Se você se reúne com um grupo de crentes numa hora e num lugar determinado, e se essa participação o ajuda a ficar mais próximo de Jesus e de seguir a obra Dele em você, eu não acho, de modo algum, que deva sair. Tenha em mente, porém, que essa não é a Igreja, mas apenas uma das muitas expressões dela no local em que você vive.

Não se deixe enganar achando que só porque freqüenta as reuniões está experimentando a autêntica vida em comunidade. Esta só acontece quando Deus o conecta com um punhado de irmãos e irmãs com quem você é capaz de construir amizades estreitas e compartilhar os verdadeiros desafios da jornada.

Isso pode se dar em congregações tradicionais, como também fora delas. Nos últimos sete anos eu me deparei com centenas, se não milhares, de pessoas que, cada vez mais decepcionadas com as congregações tradicionais, estão florescendo espiritualmente ao partilhar a vida de Deus com os outros, na maioria das vezes em suas próprias residências.

OU SEJA: REUNIR-SE EM CASA É A RESPOSTA?

É evidcente que não. Mas sejamos claros: por mais agradável que seja participar de cultos em grandes ambientes e ter mentores talentosos, o autentico prazer da vida em comunidade não pode ser partilhado em grupos excessivamente grandes. Durante seus primeiros 300 anos a Igreja primitiva encontrou nas casas o lugar prefeito para se reunir. Os lares são muito mais adequados à dinâmica familiar, que é como Jesus descrevia Seu corpo.

Mas reunir-se em casa não é a solução. Participei de algumas reuniões caseiras bastante problemáticas e encontrei em instalações convencionais grupos que partilhavam uma genuína vida em comunidade. Mas eu pessoalmente prefiro grupos menores que se reúnem em casa. Sei que isso não é muito comum hoje em dia, pois as pessoas consideram mais fácil frequentar um culto tradicional, com seus cantos e rituais, e depois ir para casa, sem nunca ter que se abrir a respeito da própria vida ou demonstrar interesse pela jornada de outras pessoas.

O que verdadeiramente me importa não é onde ou como as pessoas se reúnem, mas se elas se concentram ou não em Jesus e se de fato ajudam-se umas às outras para se tornarem como Ele. A questão aqui é sobretudo a qualidade do relacionamento. Estou sempre em busca de pessoas assim e me regozijo quando as encontro. Em nossa nova casa em Moorpark, nós conhecemos alguns companheiros e temos esperança de encontrar outros mais.

“É mais importante que nosso filhos experimentem a verdadeira comunhão entre fiéis do que a badalação de um programa para crianças bem-comportadas”.

VOCÊ ESTÁ REAGINDO A ALGUMA DOR?

Talvez sim, só tempo dirá, mas honestamente não acredito. Qualquer um que se envolva com a autêntica vida em comunidade poderá eventualmente se machucar. Mas há duas espécies de ferida. Há o tipo de dor causada por um problema que pode ser tratado com os cuidados corretos – como um tornozelo gravemente torcido – e há aquele tipo de dor quje só pode ser reparada com o afastamento – como quando alguém põe a mão num ferro quente.

Possivelmente todos nós já experimentamos alguma espécie de dor ao tentar adequar a vida de Deus às instituições. Durante bastante tempo muitos se mantiveram nelas, na esperança de que, mudando algumas coisas, tudo iria melhorar. Embora possamos ter tido algum êxito em certos momentos de renovação, acabamos descobrindo que a adaptação que toda instituição exige é incompatível com a liberdade de que as pessoas necessitam para crescer em Cristo. Isso ocorreu com praticamente todos os grupos que se construíram ao longo da história do cristianismo.

VOCÊ ESTÁ EM BUSCA DA IGREJA PERFEITA?

Não, e não acredito que venha a encontrá-la neste lado da eternidade. Minha meta não é buscar a perfeição, mas encontrar gente que faça de Deus sua prioridade.

Confesso que sinto profundamente incomodado com a situação em que se encontra o cristianismo institucional. Boa parte do que hoje chamamos de “igreja” não passa de uma encenação bem planejada, com pouquíssima ligação efetiva entre os fiéis. Estes são muito mais estimulados a depender cada vez mais do sistema ou de seus líderes do que do próprio Jesus. Gastamos mais energia adaptando nosso comportamento àquilo de que instituição necessita do que ajudando as pessoas a se transformarem!

Cansei de tentar estabelecer uma comunhão com gente que concebe a “igreja” apenas como um lugar onde um grupo passa duas horas por semana expiando a culpa, enquanto vive o restante da semana com as mesmas prioridades mundanas. Cansei daqueles que exaltam as próprias obras piedosas, mas que não demonstram compaixão pelos outros. Cansei de gente insegura que usa o corpo de Cristo como uma extensão de seus egos e que manipula a comunidade para satisfazer as próprias necessidades. Cansei de sermões que contêm mais regras e moralismo do que a liberdade do amor divino e nos quais os relacionamentos ficam em segundo plano perante as demandas das instituições.

MAS SERÁ QUE NOSSAS CRIANÇAS NÃO PRECISAM DE ATIVIDADES NA IGREJA?

Eu diria que o que elas precisam realmente é ser integradas à vida de Deus por meio da comunhão com os demais fiéis. Noventa e dois por cento das crianças que freqüentam regularmente as escolas dominicais dotadas de todo tipo de entretenimento sofisticado abandonam a “igreja” quando deixam a casa dos pais. Em vez de encher nosso filhos de regras morais e regulamentos, precisamos mostrar-lhes como viver juntos na vida de Deus.

Os próprios sociólogos nos dizem que o principal fator que leva uma criança a florescer em sociedade é possuir amizades pessoais profundas com outros adultos além de seus parentes próximos. Nenhuma escola dominical é capaz de cumprir essa função. Conheço uma comunidade na Austrália cujas famílias, após 20 anos compartilhando a vida de Deus, podem dizer que nem uma única de suas crianças abandonou a fé na idade adulta. Sei que estou remando contra a maré, mas é muito mais importante que nossos filhos experimentem a verdadeira comunhão entre fiéis do que a badalação de um programa para crianças bem-comportadas.

QUE DINÂMICA DE VIDA EM COMUNIDADE VOCÊ PERSEGUE?

Estou sempre em busca de gente que esteja tentando seguir o Cristo vivo. Ele está no centro das vidas, das atenções, das conversas dessas pessoas. Elas parecem autênticas e deixam as demais livres para questionar, duvidar, discordar e para seguir a voz do Senhor sem serem acusadas de rebeldia ou de separatismo. Busco gente que não desperdice seus dinheiro em construções extravagantes ou em programas feitos para impressionar. Procuro pessoas que se sentem em comunhão, mesmo quando estão ao lado de estranhos. Vou em busca de grupos em que todos participam ativamente e não são meros assistentes passivos colocados a uma distância segura do chamado líder.

DESSE MODO VOCÊ NÃO ESTARÁ DANDO ÀS PESSOAS UM PRETEXTO PARA QUE FIQUEM EM CASA SEM FAZER NADA?

Espero que não, mesmo sabendo que esse risco existe. Compreendo que algumas pessoas que abandonam as congregações tradicionais acabem se acomodando e se omitindo de qualquer vida eclesial. Também não sou a favor de quem fica por aí, pulando de igreja em igreja, atrás da última moda ou da melhor oportunidade para satisfazer seus desejos mais egoístas.

A maior parte das pessoas que encontro e com quem falo, porém, não está fora do sistema por ter perdido a paixão por Jesus ou por Seu povo, e sim porque as congregações tradicionais mais próximas não foram capazes de lhes satisfazer a fome de relacionamento. Estão em busca de expressões autênticas de vida em comunidade e pagam um preço altíssimo para alcançá-las. Pode acreditar em mim: todos nós acharíamos mais fácil nos deixarmos levar pela maré, mas, depois de experimentarmos a comunhão viva entre fiéis fervorosos, é impossível nos conformarmos com menos.

ESSA CONCEPÇÃO DE IGREJA NÃO CRIARIA UMA DIVISÃO?

Não acho. As pessoas criam a divisão ao exigir que as demais se adaptem à sua própria revelação da verdade. Muitos de nós, na jornada, somo acusados de promover a divisão porque a liberdade pode ser ameaçadora para quem encontra segurança num sistema religioso fechado. Mas a maioria de nós não está tentando convencer outras pessoas a abandonar suas congregações. Consideramos a comunidade cristão grande o bastante para acolher o povo de Deus, seja qual for a maneira pela qual Ele o reúna.

“Hoje não precisamos mais ficar falando sobre a Igreja. Precisamos é de gente preparada para viver a realidade dela“.

ONDE SE PODE ENCONTRAR ESSA ESPÉCIE DE COMUNHÃO?

Não há uma resposta fácil para essa pergunta. Essa comunhão pode estar bem à sua frente, vivida com companheiros com quem você partilha livremente a vida. Pode estar na sua rua ou na mesa ao lado da sua no ambiente de trabalho. Você também pode se engajar em atividades assistenciais que beneficiam os mais necessitados e carentes do seu bairro como forma de colocar em pratica a vida de Deus em você, e aí encontrar outras pessoas com fome semelhante à sua.

Não espere que essa espécie de comunhão se dê facilmente dentro de uma organização. Olhe em torno e talvez você descubra que Jesus já o guiou até onde há comunhão. Acredite nisso, e Ele reunirá meia dúzia de companheiros com os quais você possa compartilhar a jornada. Talvez eles não pertençam à sua congregação. Serão vizinhos ou colegas de trabalho que estão seguindo Deus.

Não espere que isso seja fácil ou que ocorra tranquilamente. Ser obediente a Jesus demandará certas decisões específicas de sua parte. Descartar velhos hábitos e ser livre para permitir que Ele erga sua comunidade em torno de você exigirão alguma preparação, mas certamente valerá apena. Sei que incomoda certas pessoas o fato de eu não tomar meu assento num banco de igreja todo o domingo de manhã, mas posso lhe garantir, com absoluta certeza, que meus piores momentos fora da religião institucional são, ainda sim, melhores do que meus melhores dias dentro dela. Para mim, a diferença é como ficar escutando alguém falar de golfe ou juntar alguns tacos e sair para jogar. Estar na Igreja em torno da vida de Jesus é sair para jogar.

Ultimamente as pessoas no mundo inteiro vêm redescobrindo como fazer isso. Você pode ser uma delas, se permitir que Jesus o integre à sua comunidade tal como Ele deseja.”

Fonte: texto retirado do livro “Por que você não quer ir mais a igreja”.

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