sábado, setembro 04, 2010

Eleições

Eleições 2010 - 
3ª e última matéria - Candidatos à Presidência do Brasil.

Quanto mais conhecimento tivermos a respeito dos principais candidatos presidenciáveis nessas eleições, nos ajudará e muito em nossa escolha (que já está difícil nessas eleições).
Dos 3 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, a primeira matéria foi com a Dilma Rousseff, a segunda foi com a Marina Silva e agora vamos para o último dos três candidatos que, teoricamente, estão na "briga" pela presidência.
Agora é a vez então de:
 
Jose Serra

Origem:

Nasceu em São Paulo em 19 de março de 1942. É filho único do imigrante italiano Francesco Serra e da brasileira Serafina Chirico Serra. Seu pai só aprendeu a ler no serviço militar. Tinha uma banca de frutas no Mercado Municipal da capital paulista.

Infância:

Passou a infância em uma pequena casa de dois cômodos, geminada com outras 24 residências no bairro da Mooca, zona leste de São Paulo. Como o espaço a dividir com os pais era pouco, costumava dormir na sala.

Escola:

Cursou o 2º grau na Escola Estadual Antônio Firmino de Proença. Embora pertencesse a uma família de classe média baixa, foi poupado do trabalho.

Formação:

Iniciou o curso de engenharia civil na Escola Politécnica da USP em 1960, mas partiu para o exílio antes de concluí-lo. Fora do país, trocou a engenharia pela economia. Embora não tivesse diploma, prestou exame e foi admitido na Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile, onde obteve o grau de mestre, em 1972, com um estudo sobre o milagre econômico brasileiro. Data deste período um de seus trabalhos mais conhecidos, “Além da Estagnação”, em coautoria com Maria da Conceição Tavares. Obrigado a deixar o Chile em 1973, continuou sua carreira acadêmica nos Estados Unidos. Doutorou-se pela Universidade Cornell, de Nova York, com um estudo da distribuição de renda e política econômica no Chile pré-golpe. Paralelamente aos cursos, começou a dar aulas e ao voltar ao Brasil ingressou no quadro de professores da Unicamp.

Engajamento:

Começou a militar no movimento estudantil no início dos anos 60, na Escola Politécnica da USP. Em 1962, foi um dos fundadores da Ação Popular (AP), a mesma do sociólogo Betinho, o irmão do cartunista Henfil popularizado pela música 'O Bêbado e A Equilibrista'. Participou de vários congressos como presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-SP) e foi eleito em 1963 presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), com o apoio da AP e do Partido Comunista Brasileiro.

Clandestinidade:

Após o golpe militar de 1964, a UNE foi fechada, e seu presidente tornou-se alvo de perseguição política. Serra refugiou-se na embaixada da Bolívia, de onde partiu para o exílio. Fez uma escala na Bolívia e foi para a França, onde permaneceu até 1965. Retornou clandestinamente ao Brasil em março daquele ano, quando integrantes da Ação Popular tentavam reorganizar a entidade, já na clandestinidade e com muitos líderes exilados ou perseguidos. Teve de deixar o país novamente alguns meses depois. Estabeleceu-se no Chile até o golpe militar de 11 de setembro de 1973, que derrubou o presidente Salvador Allende. Foi preso no Estádio Nacional e conseguiu escapar graças a ajuda de um oficial chileno. Fugiu para a Itália e fixou residência nos Estados Unidos.

Família:
 
Serra conheceu sua mulher, a psicóloga chilena Sylvia Mónica Allende Ledezma, nos tempos do exílio. Tiveram dois filhos, Verônica e Luciano.
 
Redemocratização:

Serra retornou ao Brasil em 1977, dois anos antes da Lei de Anistia, e começou a dar aulas na Unicamp. Em 1982, assumiu a Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, no governo Franco Montoro (então no PMDB). Dois anos depois, foi chamado por Tancredo Neves para coordenar a equipe de quatro economistas - dois indicados pelo PMDB e dois indicados por pedessistas da Frente Liberal - que traçaria o plano econômico para os seus primeiros 100 dias de governo. Com a morte de Tancredo, o plano foi engavetado, e Serra voltou ao secretariado do governo Montoro.

1ª Eleição:

Em 1986, elegeu-se deputado federal pelo PMDB, que ajudou a fundar. Como constituinte, foi o parlamentar que conseguiu o maior percentual de aprovação de emendas: 130 entre 208. Em 1988, já pelo PSDB, que também ajudou a fundar, disputou a prefeitura de São Paulo pela primeira vez e conseguiu apenas um quarto lugar. Em 1990, reelegeu-se deputado federal com quase 340 mil votos.

Ascensão Política:

Serra foi eleito senador por São Paulo em 1994 com a maior votação do país: 6,5 milhões de votos. No ano seguinte, foi convidado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a assumir o Ministério do Planejamento. Em 1996, deixou a pasta para concorrer novamente à prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado. Em 1998, voltou ao governo e obteve visibilidade e aprovação à frente do Ministério da Saúde, com o programa de combate à aids e a implantação da lei de incentivo aos genéricos. Credenciou-se então à sucessão de FHC. Venceu a disputa interna contra Paulo Renato Souza, ministro da Educação, e Tasso Jereissati, governador do Ceará, mas acabou batido nas urnas por Lula.

A grande Vitória:

Depois de duas derrotas, conquistou a prefeitura de São Paulo em 2004 ao bater no segundo turno a candidata à reeleição Marta Suplicy, do PT. Dois anos depois, revogou promessa de campanha registrada em cartório e deixou o cargo para disputar o governo do Estado, que conquistou logo no primeiro turno - feito inédito no Estado.

Rumo à presidência:

Tentou a Presidência pela primeira vez em 2002. Naquele ano, contou com o apoio do PMDB e do então presidente, um tempo considerável na TV e a simpatia de boa parte do empresariado. Mas nunca chegou a liderar as pesquisas: defendendo a "continuidade sem continuísmo", foi batido no segundo turno por Lula, o candidato "paz e amor" recém-convertido à estabilidade econômica que tentava a Presidência pela quarta vez. Em 2006, Serra estacou na resistência do governador tucano Geraldo Alckmin. Preferiu recuar a disputar as prévias no PSDB. Optou pelo governo do Estado e levou fácil - enquanto Alckmin era batido por Lula. Em 2010, não teve dificuldade para conquistar a candidatura tucana. Lançou-se com o apoio do DEM e do PPS e conseguiu atrair também o PTB. Investe no lema: "O Brasil pode mais".

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